Há algum tempo, ouvi o Manuel Carlos, autor de novelas da TV Globo, dizer no programa Sem Censura da TV Cultura algo que jamais esqueci. Quando alguém o aborda falando que sabe de uma ótima história que pode virar uma novela, ele logo pensa: não dá. “A vida é tão cheia de detalhes, de riqueza de sentimentos”, que a ficção jamais vai conseguir retratá-la” ipses literes.
De tempos em tempos, ouço histórias reais humanas de vida e lembro dele. Como esta: o filho de aproximadamente 35 anos e desde os 15 ou 16 é alcoólatra e viciado em cocaína, crack e demais drogas pesadas alucinógenas que encontrar pela frente. Já percorreu todos os caminhos que muitos dependentes já o fizeram. Psiquiatras, internações em instituições, já vendeu a roupa do corpo para comprar drogas, já roubou, já perdeu mulher e filho, melhorou, ficou um ano sóbrio, a mulher e o filho voltaram. Uma trégua para todos.
Apenas uma cheiradinha inocente e a queda vertiginosa ao vício pela enésima vez. Retorno à instituição e a fuga de lá como conseqüência. No momento, o apelo assustador e arrasador ao crack. Passa as madrugadas batendo na janela do quarto da mãe para pedir dinheiro. Pode ser 5,00 ou 10,00 ou 15,00 reais. Para o crack. é claro! A mãe dá! Imaginem o horror desta mãe. A tortura! A dor, no cerne! Talvez pela falta de opção, ou por medo. Medo da morte, do roubo, da polícia, da prisão, da briga e da perda. Da perda da esperança.Do terror de perder o amor levado pelas águas turvas do desespero para sempre. E da perda de si mesma!
De tempos em tempos, ouço histórias reais humanas de vida e lembro dele. Como esta: o filho de aproximadamente 35 anos e desde os 15 ou 16 é alcoólatra e viciado em cocaína, crack e demais drogas pesadas alucinógenas que encontrar pela frente. Já percorreu todos os caminhos que muitos dependentes já o fizeram. Psiquiatras, internações em instituições, já vendeu a roupa do corpo para comprar drogas, já roubou, já perdeu mulher e filho, melhorou, ficou um ano sóbrio, a mulher e o filho voltaram. Uma trégua para todos.
Apenas uma cheiradinha inocente e a queda vertiginosa ao vício pela enésima vez. Retorno à instituição e a fuga de lá como conseqüência. No momento, o apelo assustador e arrasador ao crack. Passa as madrugadas batendo na janela do quarto da mãe para pedir dinheiro. Pode ser 5,00 ou 10,00 ou 15,00 reais. Para o crack. é claro! A mãe dá! Imaginem o horror desta mãe. A tortura! A dor, no cerne! Talvez pela falta de opção, ou por medo. Medo da morte, do roubo, da polícia, da prisão, da briga e da perda. Da perda da esperança.Do terror de perder o amor levado pelas águas turvas do desespero para sempre. E da perda de si mesma!
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