terça-feira, 23 de junho de 2009

Cauby, o último menestrel, Peixoto

Eu assisti ao show do Cauby Peixoto, em São Paulo. As segundas, ele dá o tom da festa no tradicional Bar Brahma para fãs do Brasil inteiro. A voz está mais linda, se isto é possível de ser afirmado por uma leiga. Pareceu-me mais límpida, mais firme e mais sonora do que sempre. O gestual e o figurino são os mesmos. Mas, e a emoção!

Lembrei em muitos momentos do filósofo Cícero, no livro Saber Envelhecer seguido da Amizade , em que ele afirma que a idade pode nos deixar cada vez melhores , basta que pratiquemos as nossas capacidades com disciplina e afinco. É o caso do Cauby. Ele luta contra a velhice como alguém doente luta contra a doença. Com destemor e força.

O canto parece ser o segredo da longevidade do corpo seguido do aplauso caloroso e emocionado dos admiradores. Ao cantar o verso “chorei, chorei até sentir dó de mim”, a emoção embriagou os presentes. Senti naquele momento que o choro profundo do cantor e a Conceição são os bálsamos que o farão eterno em cada um de nós e depois de nós.

16.06.09